Era uma Vez em... Hollywood foi bastante aclamado por ser uma carta de amor à Hollowood e ao cinema, mas muito antes, em 1988, Giuseppe Tornatore fez a maior homenagem ao cinema que o cinema já viu. Ao menos na minha opinião. Estamos falando de Cinema Paradiso, um filme tocante e inesquecível que inclusive ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em seu ano (enquanto a categoria mantinha esse nome). É um filme particularmente especial para mim, pois consolidou minha paixão pelo cinema como arte e profissão.
Cinema Paradiso (1988)
Salvatore Di Vita é um cineasta que vive em Roma. Ele é informado que Alfredo, um velho amigo, morreu. Ele então relembra sua infância, quando sua mãe o chamava de Totó e ele frequentava o Cinema Paradiso, onde Alfredo trabalhava como projecionista. Aos poucos, de espectador ele passa a acompanhar Alfredo e a aprender mais sobre a sétima arte. É aí que o amor pelo cinema toma conta de Totó.
Cinema Paradiso é um filme indescritivelmente bonito. É puro sentimento. É raro encontrar filmes assim, dos quais é impossível apontar um defeito. Esse é um deles. O personagem de Totó é muito bem construído, e fácil de se identificar com ele: qualquer cineasta, cinéfilo ou pessoa que goste minimamente de cinema irá se ver nele, a criança que, para fugir dos problemas da vida, recorre ao cinema e à arte. Sua relação com Alfredo também é muito bem trabalhada, trazendo um senso de, além de amizade, aprendizado e evolução mútua. Ao mesmo tempo que Totó aprende com Alfredo, Alfredo aprende com Totó. O segmento de Elena poderia facilmente ter caído no clichê do primeiro amor, mas é desenvolvido de maneira sutil e surpreendentemente poética. O mesmo pode ser dito do desfecho, que... é simplesmente o final mais emotivo e poético que já assisti em toda minha vida.
Além do roteiro, as atuações são sinceras e engajantes. A direção de Tornatore é precisa, e revela o olhar de um diretor apaixonado pelo que faz. Como se não bastasse, há ainda um elemento pelo qual Cinema Paradiso é muito reconhecido: a trilha sonora. Ennio Morricone é um dos maiores compositores do cinema, e aqui ele traz uma abordagem bastante diferente de seus tradicionais temas de faroeste, com uma trilha extremamente emotiva que, inclusive, sobrevive de maneira independente ao próprio filme. Capta tão bem a essência da história e da vida de Totó que mesmo quem nunca assistiu ao filme, ao ouvi-la, consegue sentir o que ele sente. O tema de Cinema Paradiso é um dos clássicos de Morricone, e do cinema de modo geral.
Cinema Paradiso, na minha opinião, é o mais próximo de perfeição que um filme pode alcançar. Indo além de análises técnicas, é um filme que mexeu muito comigo quando assisti pela primeira vez. Sempre fui apaixonado por cinema desde criança, e esse foi um dos primeiros filmes não-americanos que vi. Foi impossível conter as lágrimas no final, e ainda hoje ele habita um lugar especial no meu coração de cinéfilo.
(ALERTA SPOILERS)
Cinema Paradiso é um filme indescritivelmente bonito. É puro sentimento. É raro encontrar filmes assim, dos quais é impossível apontar um defeito. Esse é um deles. O personagem de Totó é muito bem construído, e fácil de se identificar com ele: qualquer cineasta, cinéfilo ou pessoa que goste minimamente de cinema irá se ver nele, a criança que, para fugir dos problemas da vida, recorre ao cinema e à arte. Sua relação com Alfredo também é muito bem trabalhada, trazendo um senso de, além de amizade, aprendizado e evolução mútua. Ao mesmo tempo que Totó aprende com Alfredo, Alfredo aprende com Totó. O segmento de Elena poderia facilmente ter caído no clichê do primeiro amor, mas é desenvolvido de maneira sutil e surpreendentemente poética. O mesmo pode ser dito do desfecho, que... é simplesmente o final mais emotivo e poético que já assisti em toda minha vida.
Além do roteiro, as atuações são sinceras e engajantes. A direção de Tornatore é precisa, e revela o olhar de um diretor apaixonado pelo que faz. Como se não bastasse, há ainda um elemento pelo qual Cinema Paradiso é muito reconhecido: a trilha sonora. Ennio Morricone é um dos maiores compositores do cinema, e aqui ele traz uma abordagem bastante diferente de seus tradicionais temas de faroeste, com uma trilha extremamente emotiva que, inclusive, sobrevive de maneira independente ao próprio filme. Capta tão bem a essência da história e da vida de Totó que mesmo quem nunca assistiu ao filme, ao ouvi-la, consegue sentir o que ele sente. O tema de Cinema Paradiso é um dos clássicos de Morricone, e do cinema de modo geral.
(Crédito: Divulgação - Ariane Films / TF1 Films Production)
Cinema Paradiso, na minha opinião, é o mais próximo de perfeição que um filme pode alcançar. Indo além de análises técnicas, é um filme que mexeu muito comigo quando assisti pela primeira vez. Sempre fui apaixonado por cinema desde criança, e esse foi um dos primeiros filmes não-americanos que vi. Foi impossível conter as lágrimas no final, e ainda hoje ele habita um lugar especial no meu coração de cinéfilo.
NOTA: 10 / 10
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