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Mostrando postagens de março, 2021

Curtas-Metragens Indicados ao Oscar 2021

Quem nunca apostou em um bolão do Oscar? Seja um valor em dinheiro ou apenas pela brincadeira, é sempre algo divertido de se fazer - costuma-se apostar em categorias maiores, tal qual Filme, Ator, Atriz, Coadjuvantes, Roteiros etc. Antigamente havia as categorias de Mixagem e Edição de Som, cuja diferença era uma incógnita para alguns, mas são duas funções distintas e igualmente importantes. Infelizmente elas foram unificadas, em uma chamada apenas de Melhor Som. É um ótimo exemplo de categorias que sempre são deixadas em segundo plano; ainda assim, as mais subestimadas tipicamente são as de curta-metragem. Curta-Metragem (Live-Action) Documentário de Curta-Metragem Curta-Metragem de Animação O mercado de curtas-metragens é muito rico criativamente, e não deve nada ao dos longas. Há ainda uma ideia de que cineastas iniciam suas carreiras fazendo curtas (por questão de viabilidade), então migram para longas e permanecem por lá, quando na verdade é muito comum a produção de curtas após o

O Som do Silêncio (2020)

Sound of Metal é um nome mais interessante que sua tradução brasileira, O Som do Silêncio. É um filme que conta a história de Ruben (Riz Ahmed, em uma performance brilhante), um baterista de heavy metal que perde a audição, e seu processo de aceitação da nova condição e das mudanças que esta requer. Mas mais que isso, o longa de Darius Marder fala sobre propósito e aceitação da vida. No primeiro momento, Ruben é uma pessoa intensa, "barulhenta", mas um tanto quanto solitária. Ele vive num trailer com sua namorada, Lou (Olivia Cooke), e os dois vivem em constante movimento. Até que algo inesperado acontece e ele perde o propósito de sua vida. A partir do momento em que acontece essa ruptura de mundo, ele precisa se adaptar a uma nova realidade, na qual é preciso ser mais sociável, para conviver em um abrigo com outras pessoas que têm a mesma deficiência, aprender uma língua nova (libras) e encontrar um novo propósito.  O filme separa muito bem os dois momentos, deixando clara

Oscar 2021 e Nomadland (2020)

Arte é um ramo muito amplo, e que se transforma constantemente. Definir o que é arte é difícil. Independente disso, um fator que é, ou deveria ser, um pilar para a arte é proporcionar sensações em quem consome. Desde um filme blockbuster de entretenimento a um filme cult ou "intelectual", se bem feitos, ambos nos fazem sentir algo. E no fim da sessão, saindo da sala de cinema ou no conforto de casa, nós tiramos uma lição, refletimos sobre algo ou, no mínimo, temos uma ou duas horas de diversão momentânea. Ainda assim, é inevitável pensarmos quase que imediatamente nos aspectos técnicos do filme. Uns mais, uns menos - quanto mais assistimos e estudamos cinema, mais detalhistas ficamos. Às vezes tanto que esquecemos de sentir. Filmes como Soul e O Som do Silêncio, além de compartilharem uma premissa semelhante, abordam esse tema. Joe Gardner está tão obstinado na busca pelo seu sonho que acaba não percebendo o quão idealizado é, e o quanto tal idealização afeta seu jeito de ser

Hulk (2003)

Antes dos filmes de super-heróis fazerem parte de Universos Compartilhados e ganharem o mundo, alguns títulos foram essenciais para o fortalecimento do gênero. Blade foi o precursor da nova onda de adaptações dos quadrinhos, que foi consolidada com X-Men – O Filme e Homem-Aranha. Então, diversos personagens ganharam versões cinematográficas, tanto da Marvel quanto da DC Comics – e nem todas foram boas. Hulk  é um desses casos, um filme de um personagem icônico que acabou caindo no esquecimento coletivo. Ainda em seu começo, a Marvel vendeu os direitos do personagem para a Universal Pictures, que em 2003, sob o comando de Ang Lee, lançou o primeiro longa-metragem do Golias Esmeralda. O filme não resultou em uma bilheteria satisfatória (um pouco mais que o orçamento) e teve recepções mistas, com as principais críticas sendo à história e aos efeitos especiais – o longa prioriza o drama à ação, o que o tornou cansativo para alguns espectadores, além da computação gráfica estranha e da tent

VEREDITO: WandaVision (2021)

WandaVision acabou. A série foi extremamente elogiada e foi um divisor de águas, não só para a Marvel, mas para a história da TV... ou será que foi mesmo? Para responder à essa pergunta é inevitável entrar em detalhes, então... (Crédito: Divulgação - The Walt Disney Company) Spoilers de WandaVision e do MCU adiante! Uma coisa é certa: WandaVision deixou o público em êxtase. As redes sociais foram tomadas por memes, teorias, críticas, opiniões (a maioria positivas) em relação à primeira série da Marvel conectada diretamente ao Universo Compartilhado - esqueçam Agents of SHIELD e as séries da Netflix. O novo modelo proposto por Kevin Feige é tão grandioso quanto o MCU em si, e começou com uma série cuja proposta é curiosa: dois grandes personagens dos quadrinhos, que nos filmes atuam mais como coadjuvantes, protagonizando uma série que reconstrói a história das sitcoms. Um tanto quanto ousado, especialmente considerando que o trabalho anterior do estúdio foi Vingadores: Ultimato. Eis que