Um filme intenso e um tanto confuso dirigido por Charlie Kaufman, o mesmo diretor do recente Anomalisa. Conta a história de Caden Cotard, um diretor de teatro frustrado cuja esposa, artista plástica, deixa-o, levando junto sua filha. Então, Caden ganha um prêmio pela criatividade e, para fazer jus, resolve fazer sua primeira peça própria. Reúne um grupo de atores para representar exatamente sua vida. Só que esse projeto acaba se misturando com a própria vida de Cotard, ao passo que ele envelhece e coisas acontecem que o alteram para sempre.
Sinédoque é um filme interessante e, de certo ponto, um pouco perturbador. Com um roteiro enigmático e um tanto confuso de vez em quando, Kaufman acaba por fazer um filme muito qualificado, com momentos únicos e memoráveis. Para mim, a trajetória de Olive, filha de Caden, é uma história que beira ao perturbador, especialmente pela atuação soberba de Phillip Seymour Hoffman e Robin Weigert (o último momento deles, no hospital, é espantoso).
A trilha sonora não se destaca muito, mas é eficiente em conduzir o público pela vida de Cotard, acentuando os momentos clímax. O filme tem uma longa duração, um pouco mais de duas horas. Apesar de ser um pouco arrastado em alguns momentos, todo esse tempo é importante para a construção da história proposta por Charlie Kaufman. Sinédoque, Nova York é um longa-metragem que deve ser assistido ao menos duas vezes, pois é um filme rico em elementos simbólicos, que podem passar batidos na primeira vez que que se assiste.
Trailer original
A cena mais intensa do filme (ALERTA SPOILERS)
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