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Mostrando postagens de dezembro, 2023

Jogos Mortais VI e o valor da arte

(Crédito: Divulgação - Lionsgate Films) Arte é catarse. Arte está intimamente ligada à expressão e aos sentimentos. O que torna uma obra boa ou ruim? Essa subjetividade sempre foi algo que me atraiu muito, afinal, o que é a boa arte? À primeira vista é uma pergunta fácil. Se pegarmos os critérios técnicos, nada será melhor do que os clássicos - que música é melhor do que a música erudita? Que filme é melhor do que os de Fellini, Godard, Bergman, Almodóvar...? Mas aí entra outro aspecto, o social. Falemos sobre filmes europeus. Sem dúvidas, são filmes muito bem feitos e marcantes na história do cinema, mas é inevitável entrar no tópico eurocentrismo - às vezes, ao olharmos mais para esse recorte, deixamos de lado muitas narrativas incríveis. O cinema asiático (que ainda assim possui um destaque maior, graças a obras como Oldboy e Parasita), o cinema islandês, iraniano, sul-africano, indiano - Bollywood é a maior indústria cinematográfica e permanece apagada perante Hollywood. Inclusive

Revisitando Filmes #2: Oldboy (2003)

 "Ria e o mundo rirá com você. Chore e chorará sozinho." (Alerta de spoilers) Oldboy pode não ser um grande blockbuster de ação, pode não ter o maior orçamento do mundo, mas é um filme grandioso em sua estrutura e condução, e assim, um dos melhores dramas, suspenses e filmes de ação já feitos. Uma narrativa bastante shakesperiana envolvendo vingança, incesto e muita tortura (física e psicológica) que, até o atual momento, é um dos maiores representantes do cinema coreano no cenário mundial. Uma obra-prima, e uma aula de cinema. (Crédito - Divulgação - Show East e Egg Films) Novamente, este filme já foi coberto no quadro Além da Barreira das Legendas, então essa não é uma análise propriamente. Tecnicamente é um filme impecável, sem dúvidas. Fotografia certeira, uma trilha sonora icônica, dramática, daquelas que ficam conosco e que são boas de ouvir inclusive fora do contexto do filme (saudade de trilhas assim). Uma direção soberba de Park Chan-wook e uma atuação espetacular de

Revisitando Filmes #1: O Pacto (2001)

2023 tem sido até então o ano mais desafiador da minha vida. 2022 e 2023, mas em particular 2023. Me perdi e me encontrei inúmeras vezes, tanta coisa aconteceu - inúmeros giros em 360º e plot twists, surpresas boas, situações inesperadas, momentos complicados... Nesse contexto, decidi reassistir a alguns filmes importantes para mim, meus filmes de cabeceira. Comecei com O Pacto (mais conhecido como Suicide Club), e não podia ter feito escolha melhor. Inicialmente estava um pouco receosa dado a temática e o conteúdo forte (e gráfico em alguns momentos), mas botei o DVD e encarei a experiência. Já fiz uma análise mais aprofundada desse filme tempos atrás, no quadro Além da Barreira das Legendas, então esse texto é um comentário atual e transcrições de sentimentos e impressões de modo geral. (Crédito: Divulgação - Omega Pictures) (Alerta de gatilho, dado ao tema, e spoilers) A primeira impressão que fica é relativa à temática. Suicídio é um tópico muito sensível, especialmente para o Japã